segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Me assistindo queimar

                                                                                       "E não demora nem um pouco 
                                                                                           para eu cair do precipício"

Todos os livros que me restam ler
é meu grande impedimento de abraçar
a tristeza do mundo

Num sobressalto, preciso escrever 
amigos com prazo de validade
desculpas que mesmo tarde chegaram até a mim
reciprocidade extinguida

A falta do que sentir
Os romances todos desesperados
além das dores inventadas
além do que não sai no jornal

Escrevendo cartas
para o Tempo 
que as recebe com mãos de tesoura

Agora
é
sempre

Sempre
não
quer ser 
agora

4 comentários:

  1. Se insistindo em queimar. O tempo não nos considera quando vê, já era. O sempre é agora, agora e sempre. Poetiza maior.

    http://apoesiaestamorrendo.blogspot.com.br/

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  2. A aflição de ser antes de estar.

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  3. "Agora é sempre. Sempre não quer ser agora". O que se extingue num momento tem um enorme peso que pesa naquilo que está além do podemos ver. Adorei suas palavras. Me identifiquei. Seguindo-te estou.

    Bjos!

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